quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Pará registra queda de 44% na taxa de desmatamento medida pelo Inpe.



 O Pará é o segundo Estado da Amazônia Legal com a maior redução na taxa de desmatamento em termos percentuais, 44%, no período de agosto de 2011 a julho de 2012, ficando atrás apenas do Amapá. Os dados foram registrados pelo Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes), mantido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e divulgados nesta terça-feira (27), pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.


Em números absolutos, entre os nove Estados integrantes da Amazônia Legal, o Pará apresentou o melhor resultado na redução do desmatamento em extensão territorial (1.309 km²), número que significa 74,2% do total verificado na região (1.762 km²).


“Este é o resultado de um esforço coletivo, de vários parceiros que atuam no Programa Municípios Verdes, como prefeituras, produtores rurais, Ministério Público Federal, ONGs, Ibama e toda a sociedade”, ressaltou na tarde desta terça-feira o secretário extraordinário do “Municípios Verdes”, Justiniano Netto, ao analisar os dados de redução do desmatamento na Amazônia Legal. Justiniano Netto analisou a redução do desmatamento no Pará em entrevista coletiva, no Centro Integrado de Governo (CIG).


No período pesquisado pelo Inpe, a floresta perdeu 4.656 km², contra 6.418 km² registrados entre agosto de 2010 e julho de 2011. Em um ano, o índice de desmatamento caiu 27% na região, considerado o menor índice constatado desde o início da medição do desmatamento pelo Inpe, em 1988.


Tendência - A partir de 2009, apenas o Pará manteve a tendência de redução na derrubada da floresta, passando de 57% do total verificado na Amazônia em 2009, para 36% na última medição, neste ano. Segundo Justiniano Netto, essa redução tem um grande significado. “Creio que esta é a essência do Programa Municípios Verdes: a parceria, o pacto com a sociedade local e a mudança do padrão de produção rural”. De 2011 a 2012, disse ele, o Pará registrou crescimento na economia e na geração de empregos, “o que mostra ser possível desenvolver sem devastar”.


O secretário extraordinário informou que a antecipação da meta de redução do desmatamento, prevista para 2017, “é vista com satisfação por todos que trabalham no programa, mas sempre com a responsabilidade de reduzir ainda mais esses números, pois nossa meta maior é o desmatamento líquido zero”.


Justiniano Netto voltou a reiterar que “o desmatamento não será vencido pela iniciativa de um único órgão. É a soma de um esforço comum, que visa desenvolver o Estado do Pará e a Amazônia em outras bases, deixando para trás um passado de devastação e criando as bases para o desenvolvimento rural sustentável

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