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“Momentos difíceis todos passam, mas não é desculpa para má conduta. É necessário viver honestamente mesmo quando tudo vai mal”. A frase citada por Edinelma Lisboa, 30 anos, pontua bem a determinação e o desejo de recomeçar. Jovem inteligente e de fala articulada, há poucos dias, ela conquistou uma grande vitória, foi aprovada no curso de Administração pela Universidade Paulista (Unip). Edinelma é fruto do investimento que o Governo do Estado tem feito na educação como ferramenta para a reinserção dos detentos no Estado. Hoje o Pará tem 1.204 presos inseridos na educação formal articulada à educação profissionalizante, ou 14% da população carcerária, número acima da média nacional, que é de 10%.
A jovem é uma das 636 detentas custodiadas no Centro de Reeducação Feminina (CRF), localizado em Ananindeua, Região Metropolitana de Belém (RMB). Quando foi presa, em 2008, faltava apenas fazer duas provas para concluir o ensino médio. Mesmo sem a liberdade, ela disse que não queria desistir do sonho de ter o curso superior e estudou para conseguir um bom desempenho
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