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A Justiça Eleitoral em Belo Horizonte suspendeu nesta segunda-feira (16) a intervenção no PSD de Belo Horizonte, que havia sido determinada pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, presidente nacional da sigla.
A decisão, em caráter liminar (provisório), mantém por ora o PSD-BH aliado ao prefeito Marcio Lacerda (PSB), que tenta a reeleição.
O juiz Rogério Coutinho afirmou que houve "destituição sumária" e "sem direito de defesa" da comissão local do PSD que decidira apoiar Lacerda.
Após o PT romper a aliança que havia com o PSB e o PSDB, no último dia 30, o PSD de BH decidiu se manter coligado a Lacerda, aliado do senador Aécio Neves (PSDB), como fora decidido em convenção partidária.
A presidente Dilma Rousseff, então, entrou em ação e pediu a Kassab que o PSD apoiasse o ex-ministro Patrus Ananias (PT). Isso foi feito destituindo a comissão provisória do PSD-BH e nomeando uma comissão interventora.
A decisão desta segunda-feira (16) foi motivada por recurso apresentado pela ala do PSD mineiro contrária à aliança com o PT. O mérito do recurso ainda será julgado até o próximo dia 5.
"Não há notícia de qualquer falha que pudesse justificar a atitude tomada pelo presidente do partido", escreveu o juiz, para quem a decisão foi "atabalhoada".
Está em jogo principalmente o tempo de 2min40s do PSD na propaganda eleitoral gratuita no rádio e na TV. Os programas começarão em 21 de agosto.
Em razão da situação no PSD-BH, a primeira vice-presidente do partido, senadora Kátia Abreu (TO), criticou Kassab e abriu dissidência no partido. O segundo vice-presidente, o ex-deputado Roberto Brant, deixou o PSD, também criticando o presidente nacional.
Paulo Simão, presidente do PSD-MG e nomeado por Kassab presidente da comissão interventora, não foi localizado pela reportagem na noite desta segunda-feira (16).
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