sexta-feira, 20 de abril de 2012

Adepará,Presidente Mário Moreira muito trabalho.


Adepará muda data de vacinação para realizar estudo sobre aftosa no Estado

Cláudio Santos/ Ag. Pará
André Reale, gerente de aftosa da Adepará, explica que a imunização dos animais, geralmente no mês de maio, foi adiada por conta do estudo sobre a aftosa

    Da Redação
    Agência Pará de Notícias
    Atualizado em 20/04/2012 às 13:57

    O Pará se prepara para ficar 100% livre da febre aftosa. Este é o objetivo do Estudo Epidemiológico que está sendo realizado nas áreas de vigilância da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará) nas regiões do Baixo Amazonas e Arquipélago do Marajó (Área 3) e Nordeste (Área 2).
    “Para uma área ser considerada livre de aftosa é obrigatório passar por esta pesquisa”, confirma André Reale, gerente de aftosa da Adepará. O estudo é feito em parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e o Governo do Pará pretende conquistar o certificado internacional fornecido pela Organização Internacional de Epizootias (OIE) a entidade internacional da saúde animal. O Pará já possui este certificado na região produtora do Sul e Sudeste (Área 1). Esta área reúne a maior porcentagem do rebanho bovídeo do Pará, quase 77% do gado e búfalos criados no território do Estado, e está oficialmente livre de aftosa desde 2007.
    A análise epidemiológica é dividida em três etapas. A primeira etapa do estudo é a qualificação do serviço veterinário de vigilância permanente realizada pela Adepará pelo Mapa. A Agência precisa de excelência neste quesito para passar para a segunda fase do processo. “A Adepará teve uma avaliação positiva com nota acima de 80% em auditoria feita pelo Mapa em fevereiro deste ano. Isso nos permitiu o passaporte para a segunda fase do estudo, que é o inquérito soroepidemiológico, ou seja a coleta e exame do sangue dos animais”, diz Reale.
    Mudança
    Para verificar se há a circulação do vírus da febre aftosa nas áreas 2 e 3 a Adepará montou um esquema de trabalho que começa com a mudança no calendário de vacinação das regiões que receberão os técnicos da agência. A imunização dos animais acontece geralmente no mês de maio, mas para que a pesquisa fosse feita ela teve de ser adiada. “A mudança da data de vacinação aconteceu apenas nas regiões do Baixo Amazonas e nordeste. Elas devem acontecer em junho deste ano. Os rebanhos do Arquipélago do Marajó serão vacinados na data prevista, que também é em junho. A mudança é fundamental para o estudo, pois se eu vacinar e depois fizer a análise, posso obter um resultado falso positivo devido a reação da vacina”, explica André Reale.
    “No começo da segunda fase, além da mudança de data, nós fazemos o sorteio das propriedades que participarão do Estudo, que é feito por amostragem. Estes locais recebem a visita dos técnicos da Adepará, que realizam um trabalho de conscientização e explicação", complementa.
    A coleta acontecerá em junho. Os locais selecionados não devem vacinar seu rebanho até a próxima etapa que acontece em novembro, com exceção do gado que faz trânsito interestadual e animais que irão participar de aglomerações, como feiras e exposições. Os técnicos da Adepará determinam quais serão os bovídeos pré-selecionados para o estudo e só podem participar os que tiverem entre 6 e 24 meses de idade. Os exemplares que serão testados são selecionados pelo Mapa.
    Depois que o resultado das amostras for divulgado e caso sejam negativos para aftosa, as áreas 2 e 3 recebem o certificado nacional de região livre de aftosa dado pelo Mapa. Com este diagnóstico em mãos o governo federal encaminha uma solicitação à OIE, que avalia o caso em maio de 2013. “Se nós conseguirmos a certificação, nossa exportação poderá aumentar, pois aumenta o mercado consumidor que exige este certificado para compra de bovídeos, e por consequência aquece a economia local”, torce André Reale

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