terça-feira, 20 de dezembro de 2011

'Dor é um sintoma, não a doença', diz médica sobre o abuso de remédios

O número é assustador e expõe um grave problema de saúde pública. Mais de 80 milhões de brasileiros se automedicam, o que representa quase 50% da população. Seja por falta de dinheiro ou de tempo, muita gente deixa de ir ao médico quando se sente mal e prefere seguir recomendações de terceiros ou ler dicas na internet. E aí os riscos são grandes: muitos transplantes são realizados por consequências do uso indevido de medicamentos.
Segundo a doutora Márcia Rosa de Araújo, presidente do Cremerj, há uma cultura de automedicação no Brasil, mas uma facilidade muito grande de acesso a vários medicamentos: “As farmácias se proliferam cada vez mais, oferecendo medicamentos de várias origens, que podem oferecer riscos. Na época da dengue, por exemplo, você não pode tomar AAS ou Dipirona, mas também não pode abusar do Paracetamol, que pode causar hepatite. Em doses baixas ou altas, os medicamentos podem causar prejuízo”, afirma a médica.

O instituto Butantã e a Hemobras, uma empresa do Ministério da Saúde, assinaram uma parceria para produzir derivados de sangue. Com o projeto, o Brasil vai diminuir a dependência externa desse material, que é fundamental no tratamento de pacientes hemofílicos, soropositivos, queimados e vítimas de câncer. A produção deve começar daqui a um ano. Os produtos, que serão retirados do plasma sanguíneo, são importados atualmente. Segundo o diretor do instituto, Jorge Kalil, essa tecnologia é completamente inovadora: "O sistema novo é importante para o Brasil já que o país vai poder produzir os seus próprios se houver diminuição da oferta. Apesar de não tornar o país autosuficiente, serão importados apenas 30% ou 40% do necessário", explica.


Fonte: G1

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