quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Número de transplantes cresce 174%.

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O número de transplantes de órgãos realizados no Pará quase triplicou este ano. Para se ter uma ideia, somente nos quatro primeiros meses deste ano foram realizadas 93 cirurgias no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), enquanto que no mesmo período do ano passado foram 34 transplantes, um crescimento de 174%.
O destaque é para o transplante de córnea, que aumentou de 25, no primeiro quadrimestre de 2011, para 75 no mesmo período deste ano. Apesar de os índices serem considerados bons, a Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos do Estado do Pará (CNCDO/PA) atenta que o número de doadores no Estado está muito abaixo da média nacional e precisa ser melhorado.
Enquanto que em todo o Brasil a quantidade de doadores de órgãos é de 13,6 por milhão de população (PMP), no Pará o índice é de apenas 3 por milhão de população.
A quantidade de transplantes no Brasil também aumentou. De janeiro a abril deste ano, 7.993 cirurgias foram realizadas, segundo o Ministério da Saúde. Este número é 37% superior ao total de transplantes de órgãos feitos no mesmo período do ano passado, quando 5.842 pacientes receberam algum órgão indispensável para continuar vivos.
A região Norte foi a que apresentou maior índice no que se refere a realização de transplantes, com 109% de crescimento. O Pará ocupa um lugar de destaque na região, pois no primeiro quadrimestre de 2012 realizou 18 transplantes de rim – o dobro do registrado em 2011.

RIM E CÓRNEA
Transplantes de rim e córnea são os únicos realizados no Estado, contudo, a coordenadora do CNCDO, Ana Beltrão, informa que o transplante de fígado no Pará está em fase de credenciamento. “A gente acredita que a partir deste segundo semestre a cirurgia já poderá ser feita e os nossos pacientes não terão mais de ir para outro Estado fazer o transplante de fígado”.
O ministério também comemora o recorde de registro de 13,6 PMP em todo o país, meta que estava prevista para ser alcançada somente em 2013. Por isso a CNCDO/PA está preocupada em melhorar os índices no Estado e acompanhar a média nacional. “Os números em relação ao aumento de transplantes são maravilhosos, mas quando analisados de maneira mais atenta a gente percebe que tem que correr atrás de aumentar o número de doadores no Pará”, destacou.
Beltrão acredita que a maior dificuldade encontrada para conseguir novos doadores ainda é a resistência por parte da família do doador, que hesita em concordar com a doação quando é informada que o processo de captação do órgão ou tecido doado pode durar até 24h, quando se trata de doador morto.
No transplante intervivo - quando o doador é uma pessoa viva-, o medo ainda é com a parte estética do corpo. “Não dá para repousar. O momento agora é de montar campanhas para incentivar o aumento do número de doadores”, frisou Ana.
(Diário do Pará com informações do portal do Ministério da Saúde)

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