O Centro de Perícias Científicas Renato Chaves já recebeu o artefato encontrado na manhã desta segunda-feira, 11, em frente à sede da Prefeitura do município de Marituba e encaminhado ao Centro pelo Comando de Operações Especiais (COE). O material será periciado pela coordenação de engenharia legal, que emitirá um laudo num prazo de 20 dias. “No primeiro contato com a peça, em uma análise visual e sem nenhum aprofundamento, parece não se tratar de uma bomba. Mas o artefato precisa ser analisado detalhadamente, precisa ser desmontado. O Centro de Perícias está capacitado para este tipo de perícia”, explicou Silvio Conceição, coordenador de Engenharia Legal do Centro.
Em março deste ano, a Policia Militar (PM) também foi acionada por populares dos bairros da Condor e Jurunas, que haviam encontrado algo parecido com bananas de dinamite. A PM enviou os supostos artefatos para a delegacia do Guamá, que em seguida encaminhou 16 unidades do material para ser analisado no CPC Renato Chaves, por técnicos do setor de engenharia legal e balística. Após a análise, os peritos criminais Edésio Lima, do laboratório de balística forense, e Silvio Conceição, da coordenação de engenharia legal, ambos do Instituto de Criminalística (IC), expediram o laudo que concluiu se tratar de poliuretano e que estava fora da validade.
O produto é uma argamassa muito utilizada na construção civil para vedação ou preenchimento de trincas e fissuras em edificações, não se tratando, portanto, de um explosivo, e nem possuir função bélica. O suposto explosivo encontrado em Marituba é parecido com o achado em março deste ano nos bairros da Condor e Jurunas, mas esta conclusão só será oficial após a emissão do laudo da perícia técnica.
Na época, o perito criminal de balística informou ser possível detectar a origem do produto. “Por meio do número do lote dos produtos pode ser possível chegarmos aos responsáveis pelo descarte errado do material, mas esse é um trabalho para a polícia. Nossa função é apenas periciar o material e emitir o laudo às autoridades solicitantes”, detalhou Edésio.
O perito criminal especialista em bombas e explosivos e diretor geral do CPC Renato Chaves, Orlando Salgado, dá as dicas de como a população precisa agir caso encontre um material suspeito, com características de artefato explosivo. “Caso encontre qualquer tipo de material suspeito em via pública, o cidadão deve se afastar imediatamente e acionar o Centro Integrado de Operações (Ciop) no número 190, pois o artefato pode ser acionado apenas pelo toque e causar graves explosões”, orienta
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