segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Apagar a luz e ter regularidade para dormir garantem boa noite de sono

Com a vida moderna, crescem as reclamações de dificuldade para dormir. A pessoa deita na cama e não consegue pegar no sono, mesmo cansada. Ou dorme, mas acorda várias vezes durante a noite. E algo mais comum ainda é a privação de sono, ou seja, quem não dorme o suficiente, por excesso de trabalho ou estudo.

Para explicar os problemas que a falta de uma boa noite pode causar, e dar dicas para descansar melhor e ter mais disposição, o Bem Estar desta segunda-feira (26) recebeu o professor de medicina e biologia do sono Marco Túlio de Mello, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).


Luz intensa à noite não é bom para quem quer dormir, pois o cérebro entende que ainda é dia, o que atrasa a produção de melatonina, o hormônio do sono. Isso acontece quando estamos diante da tela do computador, porque a luz da tela fica muito próxima dos olhos.
Se alguém tiver medo de dormir no escuro, pode acender um abajur pequeno ou uma lâmpada colorida.

Os dois momentos em que uma pessoa mais sente sono são no começo da tarde, geralmente depois do almoço (entre 13h e 15h), e à noite, sobretudo entre 3h e 5h da manhã – por volta das 4h da manhã, ocorre um pico de acidentes de trânsito e trabalho. São as horas em que o organismo passa por uma queda de temperatura.

As causas mais comuns de insônia estão ligadas à parte psicofisiológica. Atualmente, há uma corrente de estudos que mostra que as áreas social, psicológica e emocional têm grande participação na incidência de insônia. Alguns dos motivos são estresse, ansiedade, transtornos de humor e exaustão – mesmo cansado, o indivíduo não dorme porque não se desliga dos problemas.

É possível recuperar o sono de uma noite mal dormida e sentir-se descansado. Mas o desgaste fisiológico que essa privação provocou não dá para resgatar. Em geral, a maioria dos adultos acumula de 5 a 7,5 horas de débito de sono ao longo de uma semana regular de trabalho.

Algumas dicas da população para dormir bem são: tomar um banho quente e relaxante, beber um copo de leite, ter poucas coisas na cabeça, deitar ao lado de uma boa companhia, e ficar em um ambiente escuro e sem barulho. Outros preferem ouvir uma música suave ou ler um livro antes de deitar.

O professor Marco Túlio explicou que o álcool pode dar euforia e tirar o sono delta (que compromete a parte física) e também o REM (responsável pela restauração da parte cognitiva). Em outros casos, a bebida pode aumentar a sonolência.

Coqueluche

A coqueluche é uma doença infecciosa aguda transmissível, também chamada de tosse comprida, por causa dos acessos de tosse. Em geral, o paciente tosse de cinco a dez vezes em uma única respiração. Outros sintomas são: dificuldade para respirar, febre, vômito, unhas e lábios azuis.

A infecção compromete o aparelho respiratório, como traqueia e brônquios. Segundo Caio Rosenthal, não há uma epidemia no país, pois a incidência da coqueluche (casos por 100 mil habitantes) ainda é baixa. O aumento no número de casos é sazonal, e ocorre frequentemente a cada cinco anos. Por isso, não há motivo para pânico.

Essa alta da doença está relacionada ao pequeno número de crianças não vacinadas que transmitem a bactéria para adultos e outras crianças. Para evitar um problema maior, é preciso continuar em alerta para que os pequenos tomem a vacina.

As doses devem ser aplicadas aos 2, 4 e 6 meses de idade, com reforço aos 15 meses e entre 4 e 6 anos. Ultimamente, há uma baixa cobertura na classe A, por preconceito, e na classe E, por desconhecimento.

O Ministério da Saúde considera que não é necessário introduzir a vacina para adultos no Sistema Único de Saúde (SUS). E é importante destacar que a imunidade não é permanente e dura em média de 5 a 10 anos. Segundo o governo, as crianças são as mais suscetíveis e o principal veículo de transmissão da bactéria da coqueluche (Bordetella pertussis). Nenhum país vacina adultos, de acordo com o ministério.

A letalidade da doença é mais elevada no grupo de crianças menores de 1 ano, particularmente naquelas com menos de 6 meses de idade, que concentram quase todos os óbitos.

A doença é transmitida ao falar, tossir ou espirrar, principalmente pelo contato direto de uma pessoa doente com outra suscetível, por meio de gotículas de secreção eliminadas. Em casos raros, pode ocorrer o contágio por objetos contaminados, mas isso é pouco frequente, pela dificuldade de o agente sobreviver fora do hospedeiro. O homem é o único reservatório natural da bactéria.



O período de incubação da coqueluche dura, em média, de 5 a 10 dias, podendo variar de 1 a 3 semanas e, raramente, até 42 dias. A fase de transmissibilidade se estende de 5 dias após o contato com um indivíduo doente até 3 semanas após o início dos acessos de tosse.

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